"É proibido a entrada a quem não andar espantado de existir"
(José Gomes Ferreira)


domingo, 10 de abril de 2011

Considerações sobre o texto "Sofrerômetro"(Alves,Rubem em, "O que é científico")

É um deleite tratar de um assunto tão amplo que é essa relação ciência/sentimento, desejo/concretude, experimento/experiência...
O texto faz me pensar em um livro que li certa vez; "Quando o sofrimento bater á sua porta" em que seu autor o Pe. Fabio de Melo diz: "quando o sofrimento bater à sua porta deixe-o entrar..."
Isso só me mostra o que já havia constatado a muito: quando enfrentados so trouxeram me virtudes e não trocaria boa parte pelo qual passei por uma vida que me tivesse fluido facilmente.
sabemos que o sofrimento, na grande maioria das vezes, é fruto dos desejos não realizados aspirados por nossas almas e que a força com que nos advém não se equipara nem mesmo apartir de nossas experiências, visto que mesmo que as vivamos em igual escala, será penosa para alguns mais que para outros. Um exemplo literário que retrata isso claramente; "Os sofrimentos do jovem Werther" (Goethe)
no qual é tão grande a dor da personagem (Werther) que o mesmo não a pode suportar. ora! Todos passamos por algo dessa natureza, mas, nem todos se matam! (falo por mim que ainda vivo). O que me leva a concluir que uma mesma experiência pode vir brandamente para uns, já para outros, chega tão intensa e dilacera seu espírito. Ou chegaria em igual escala e a forma com com absorvemos é que varia?
Apesar de estar tratando do "Sofrerômetro" neste, não posso deixar de comentar que tudo isso cabe a quaisquer sorte de experiências, sejam tristes ou alegres.
As vezes fico indignada por ser tão íntima e profundamente tocada por uma música, um filme, um livro.... e ver que alguém próximo sequer prestou atenção!
Por outro lado quando vejo alguém molestando-se por razões que considero fúteis, sou livre e em paz por não fazê-lo.
É claro que preciso compreender que o que considero fútil toca alguém e vice-versa. Cada pessoa é única e como já disse o Michael Sullivan, "Cada um tem seu sofrer, sua ilusão."(...) Mas como sabê-lo? Até inventarem um aparelho dessa natureza, só nos resta ficarmos atentos e desconfiar das pessoa ao lado, principalmente das quais magoamos, daquelas em que dissemos o que não lhe era justo pois a qualquer momento ela pode entrar com uma metralhadora...

Registro de Aula nº 01

Primeiro semestre.

Sinto me como quando pisei em uma instituição de ensino pela primeira vez (a primeira de que me lembro foi a casa do candango).
A mesma vontade de chorar de quando minha mãe ia ficando pequena, pequena desaparecendo aos poucos até dobrar a esquina. Estou só.
Neste momento ouço ecos, vozes e assovios no ginásio ao lado, e, são como aqueles de outrora..
Mais uma vez estou entre completos estranhos. Já não choro por estar no desconhecido e, se há tristeza, não é por estar aqui, mas, por por ser tão difícil chegar aqui.
Quem diria que aqueles dias é que eram bons, que apesar do medo minha mãe estaria no portão à minha espera.
Ah! me esqueci das apresentações!
Para quem não me conhece chamo me  Elizandra, tenho 26, curso letras...
Sou...tenho...faço... nada disso diz de fato quem somos, o que carregamos. Cada um traz consigo dados únicos dos quais ninguém nunca vai saber.
Quem me conhece? Nem eu me conheço já que várias palavras me definem. Definem?!